Os acadêmicos dos cursos de Nutrição e Biomedicina participaram nesta semana de uma aula prática com Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). A atividade faz parte das disciplinas de Análise Química de Alimentos e Bromatologia, ministrada pela professora Adelia Grzybowski.

As PANC são aquelas plantas comestíveis que não são produzidas ou comercializadas em grande escala, cujo cultivo e uso pode cair no esquecimento. Porém, este termo PANC depende da região e dos costumes de locais. O que pode ser PANC para os moradores do sul do país, pode ser convencional para quem vive no nordeste e vice-versa. Portanto, as PANC devem estar relacionadas com aquilo que o ambiente local pode proporcionar.

Os alunos fizeram a determinação do teor de umidade de quatro plantas cultivadas e coletadas no quintal da casa da mãe da professora: Folhas de erva-mate (Ilex paraguariensis), tubérculos da flor de dália (Dahlia pinnata), rizomas de cúrcuma ou açafrão da terra (Curcuma longa) e rizomas de gengibre (Zingiber officinale).

No caso da erva-mate que é tradicionalmente utilizada no sul do país para o preparo de chimarrão, a ideia é que se utilize a planta em diferentes preparações como mousses, pudins, massas, bolos, sucos, etc, a fim de enriquecer a dieta com os diversos bioativos que a planta oferece. Já no caso da dália, a sugestão é que se consuma os tubérculos que são ricos em inulina e fruto-oligossacarídeos, que são prebióticos que contribuem na prevenção do câncer de cólon.

Assim o cultivo, consumo e análise química das PANC colocam em voga diversas espécies, cuja utilização está desaparecendo, valorizando assim a riquíssima biodiversidade brasileira e mundial. Ademais, alimentar-se com PANC garante variedade no cardápio e enriquecimento nutricional.