Artigo produzido pelas acadêmicas de Nutrição, Gabrieli Castro Martins, Joici Rosa, Millena Venger e Salette Bortoluzzi.
É um distúrbio alimentar bastante comum, caracterizado pela falta de controle na ingestão de alimentos, ou seja, a necessidade de comer mesmo não sentindo fome, resultando em uma ingestão exagerada de comida em curto prazo de tempo, para encobrir emoções, interferindo de forma negativa na vida do indivíduo. Não sendo acompanhado de métodos purgativos, o que a diferencia dos demais transtornos, essa situação geralmente é acompanhada por sentimentos como, ansiedade, tristeza, vergonha, culpa e, até mesmo nojo de si mesmo.
Principais Sintomas:
O que pode desencadear a CAP?
Não há um fator determinante que leve a crises de compulsão, mas sim diversos. Por isso, os transtornos alimentares são caracterizados com causas multifatoriais, sendo elas, fatores biológicos, genéticos, socioculturais/ familiares e psicológicos.
Como pode e deve ser feito o tratamento?
O tratamento de uma pessoa com transtorno alimentar deve ser composto por uma equipe multiprofissional com nutricionista, psiquiatra, psicólogo, enfermagem, terapeuta ocupacional e educador físico, atendendo os aspectos clínicos e psiquiátricos. A Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC), segundo estudos, possui eficácia no tratamento da CAP, juntamente com programas de orientação nutricional. Esse método possui metas definidas, focando no comportamento alimentar e sentimentos associados, em busca da diminuição da restrição alimentar e um melhor relacionamento com o peso e imagem corporal.
Como evitar episódios de CAP?
Saber diferenciar a fome física da fome emocional é um passo importantíssimo! Sendo assim, a fome física é caracterizada pelo nosso desejo biológico, quando há necessidade de reposição de nutrientes, então se observa sinais como: barriga roncando, cansaço e até irritação, mas a partir do momento que se realiza uma refeição, está tudo resolvido! Já a fome emocional, esta relacionada com as emoções, seja alegria, tristeza, tédio, ansiedade e entre outras, resultando no desejo de determinados alimentos, na maior parte das vezes alimentos mais calóricos e de fácil consumo. Com isso, algumas sugestões para evitar o acontecimento de crises são:
Técnicas de comer com atenção plena para pacientes com transtorno da compulsão alimentar: |
· Preparar uma mesa bonita para as refeições ou lanches, mesmo para comer sozinho.
· Excluir todos os estímulos externos: como TV ligada, celular, computador, entre outros que podem prejudicar a atenção ao comer. · Respirar profundamente pelo menos três vezes antes de começar e agradecer pela comida que se tem à mesa. · Observar a aparência e sentir o cheiro da comida. Prestar atenção ao sabor, aroma e textura de cada porção de comida que se coloca à boca, saboreando e aproveitando mantendo o alimento por mais tempo na boca. Fazendo algumas perguntas enquanto se come: Qual a textura do alimento (suave, áspero, cremoso, fibroso)? A textura muda ao longo da mastigação? Que sabor básico predomina (salgado, doce, azedo ou amargo)? · Apoiar o talher a cada vez que levar a comida à boca e prestar atenção na maneira como o corpo reage ao alimento. Observar questões como: “A boca precisa fazer muita força para mastigá-lo? “Houve bastante produção de saliva?” “O alimento desceu suavemente ou machucando o estomago?” “Ao chegar ao estomago, a sensação foi agradável ou desagradável?” |
Referências
ALVARENGA, Marle Alvarenga; Nutrição Comportamental…[et al.].Barueri, SP: Manole, 2015.
DE ALMEIDA, Camila Bil ler; DE CARVALHO FURTADO, Celine. Comer intuitivo. UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 37, p. 38-46, 2018.
PHILIPPI, Sonia Tucunduva; ALVARENGA, Marle; SCAGLIUSI, Fernanda Baeza. Nutrição e transtornos alimentares: avaliação e tratamento. Barueri: Manole, 2011. 521 p. (Guias de Nutrição e Alimentação). Inclui bibliografia. ISBN 978-85-2043063-7.
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