Anticoncepcional para pet?

A prática do uso de anticoncepcional ocorreu principalmente em meados de 1990, quando proprietários faziam a medicação do animal de forma inapropriada, tanto por via oral quanto injetável.

O uso do anticoncepcional é visto como uma forma barata e rápida de evitar a gestação, mas poucas pessoas conhecem o efeito colateral que ele pode gerar.

Esses medicamentos eram utilizados em grande escala por fazendeiros e pessoas que criavam cachorros na rua, ou seja, cadelas que eram expostas a todo momento à uma possível aproximação de cães machos.

Vários tutores quando percebem que seu animal entrou no cio, recorrem a pessoas leigas que costumam receitar o uso do anticoncepcional para evitar a gestação impropria.

Diversos estudos desenvolvidos sobre esse assunto provaram que custo-benefício dos anticoncepcionais para os animais não é compensatório. E hoje a cirurgia de castração é muito mais acessível e totalmente indicada, pois o uso de anticoncepcional causa muitos efeitos colaterais.

É bom lembrar que anticoncepcional aumenta a incidência de tumores nas fêmeas. A castração diminui a incidência de tumor de mama, principalmente quando realizada nos primeiros anos de vida do animal. Assim previne quase todos os outros tumores e doenças relacionadas ao sistema reprodutor em seu pet.

Os perigos do uso de anticoncepcionais em pets

A maior preocupação dos tutores é evitar crias indesejáveis e também para manter o bem-estar dos animais. Pois, muitas vezes o comportamento animal dos animais em cio é desagradável para o tutor, com a presença de sangramento vaginal, odores, latidos, atração de machos e marcação de território. Isso faz com que os tutores busquem uma solução menos desagradável, com isso fazem o uso de anticoncepcional.

O que acontece com seu animal se você dar anticoncepcional?

Essa é uma prática muito perigosa, pois pode fazer com que as probabilidades do surgimento de algum problema venham a aumentar, quando é feita a administração no período do cio. As doenças mais comuns que ocorrem por uso indevido do remédio para prevenir gravidez indesejável:

• Tumores de mama;
• Infecções e tumores uterinos;
• Tumores em ovários;
• Doenças endócrinas (como o hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus);
• Hiperplasia mamária;
• Morte fetal.

Artigo escrito pelos acadêmicos Jean Antonio Ferreira, Manoel Tubias Vieira e Suzane R. Schotten

Integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde e Sanidade Animal